Quem nunca "viu estrelas" sem ter sequer erguido os olhos para o céu, quem?!...Para tal bastou, de certeza, que por uma só vez se tenha todinho(a) sentado sobre o pau do assento de uma cadeira sob o qual restavam ainda dedos seus!... Chiiiiiiiiiiiiiça, estrelas e mais estrelas em "constelações" sem termo, calhando até que pela dor se avistem "luzeiros, asas e orelhas", mesmo objectos voadores não identificados (OVNIs), não é verdade?!...Pois bem, há precisamente 400 anos que Galileu botaria os seus ao universo, observando Júpiter e seus satélites, Saturno com suas asas ou orelhas em volta, o Sol e suas manchas, a Lua com sombras, Vénus (grande luzeiro para Poente) e suas fases..., o que lhe poria "a cabeça a prémio" (segundo o professor Hermínio), já que contra o parecer da Igreja de que a Terra era o centro do universo. Não, meus amigos, sim o Sol, concluiu. É, e se o gelo e umas pomadas amainarão os ais e os uis pela dita entaladela, certo é que o caso se não resolve, por vezes, assim a bem, tendo mesmo que socorrer-se de Raios X, de talas e de gesso, até de anestesia e de bisturi, não é?!... Lá calha, felizmente, também, que os instrumentos de observação à mão comprovam que os ossitos não quebraram e que a negritude da(s) unha(s) será passageira como borradela de verniz. Sorte, é o que é. Na Astronomia (disciplina científica que estuda os astros no universo) os instrumentos de observação são outros: máquina fotográfica, computador, câmara de vídeo, aparelhos digitais, satélites em órbita, sondas, robots..., sendo que os nossos olhos são, quem diria, um excelente instrumento de observação dos astros!... Experimente deitar-se de costas, já agora, durante cerca de 15 minutos, com os olhos fechados, combinado? Ok, assim mesmo: contando carneiros ou tão só imaginando-se em Agosto, sob couqueiros, ali pela Praia da Vagueira. Isso, fechados, sempre bem cerradinhos, que por lá nem cornada de ovino nem porrada de côco, é o que lhe afianço! Acreditava não, pois não?!... Como vê, apenas um quarto de hora e a sua visão está agora habituada à escuridão. Com ela (ensinou o professor Alberto) observamos o Sol, a Lua, a Estrada de Santiago (até os não peregrinos, junto eu!), Marte, Mercúrio, Vénus, Júpiter, Saturno e mesmo Urano, no limite da visibilidade humana; mas, se usarmos um binóculo (cerca de 50 vezes mais a nossa visão), veremos grande diversidade de enxames de estrelas, estrelas duplas, bastantes nublosas, etc. Entaladela de dedo(s) não é coisa que se deseje, é um facto, mas... morrer por pneumonia, derivado às agruras do tempo em observação dos astros, menos ainda, não acha?!... Pois olhe, foi exactamente o que aconteceu com Conceição e Silva, primeiro astrónomo português. Azar, é o que é. Pois sim, 2009 é o Ano Internacional da Astronomia (AIA), durante o qual se pretende, em síntese, divulgar a Astronomia como disciplina científica, mostrar o seu impacto em cada Cultura e comemorar, conforme dito antes, o 4º Centenário das observações e estudos de Galileu. Neste contexto, estão programadas diversas actividades em Portugal e no estrangeiro. De palestras e simpósios a encontros para observação dos astros, relevo aqui os apagões previstos em alguns locais do país e do mundo, justamente para que as pessoas melhor possam olhar o céu, aliás, tal qual o faziam antigamente de forma repetitiva. Daqui algum do conhecimento empírico relativo à sucessão das estações do ano ou ao tempo de semear e de colher, por exemplo. O nosso Seringador ou Borda d'Água é disso um exemplo vivo. Inteligente que é, o Homem inventaria o telescópio, basicamente composto por um tubo com lunetas telescópicas, captando imagens por refracção da luz. São vários os modelos e os preços, sendo que o telescópio de Newton é porventura o mais fiável e barato. De sublinhar que a principal característica deste instrumento de observação é a abertura, ou seja, o diâmetro da sua objectiva; a amplificação é por nós (observadores) feita com as várias oculares existentes. Para apontar este ou aquele ponto no universo há o apontador a laser. Neste universo ele há coisitas difíceis de entender, na verdade: ora, se não é de todo comum entalar o(s) dedo(s)ao chegar a cadeira à mesa de repasto, se não será assim tão fácil (digo eu!) percebermos que "somos filhos duma explosão", o que dizer do facto de "em Vénus o dia ser maior do que o ano"?!... É, já que não esteve no 1º Encontro sobre Astronomia, na Sabores do Livro, em São Pedro do Sul, convido-o(a) a visitar o site astronomia 2009. Percorra espaço(s) também seu, mas... não apenas seu, não apenas nosso, ok? Ele há 100 mil milhões de galáxias no universo, sabia?!... E já agora, desengane-se: pensa você que é de um dado signo, mas... olhe que não, olhe que não! (segundo o professor A. Bandeira) Aos três, aos professores Alberto, Bandeira e Hermínio, lanço este desafio: arranjai meia dúzia de pontos de observação e convidai astrónomos amigos para orientardes, em data(s) a combinar com as autarquias, outros tantos Encontros de observação dos astros. Por que não estendê-los, em particular, aos mais jovens, aos mais idosos e aos aquistas a frequentarem as Termas de São Pedro do Sul?
jão cerveira, 1 de Março de 2009
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