DIA 28 DE MAIO, PELAS 21H 30M
LIVRARIA/CAFÉ “SABORES DO LIVRO”
EM S. PEDRO DO SUL
2010/04/28
2010/04/20
Serão de Poesia na "Sabores do Livro"
Um sorriso e um abraço à professora Isabel Prates.
Um segundo sorriso e um segundo abraço a alunos do Ensino Secundário.
Um outro sorriso e um outro abraço aos pais dos alunos, presentes, todos, em comunhão, na Livraria-Café Sabores do Livro, Sexta última, 16 de Abril.
Grato, Zé, por me teres convidado. Grato, a todos, pelo aconchego, pela boa digestão, pela atenção que nos demos. Desafio, já agora, ao continuar de serões assim: envolventes, ternos, de partilha intensa do exercício superior de Dizer a Palavra, de a conhecer, de a descobrir e sentir, verbalizando-a, ofertando-a adiante...
E é por isto que (vos) deixo, aqui, todas aquelas que, lá, vos li:
Texto A
Se partirmos das palavras, do sítio onde estão
No vento, nas bocas emitindo, no dicionário
E as acolhermos pelo que são - bonina ou orquídea
E as aceitarmos no seu justo imenso poder
E as dispusermos legíveis entre núpcia e emboscada
Não há mais problema:
A ideia que lhes pertence desce e devora-as
Como um gavião numa ninhada de pintos.
E o poeta - que é a mãe galinha - disputa é claro
Pode até salvar um pinto ou dois. Não convém mais.
Perturba o jogo das garras, perde e faz perder penas
Mas o necessário fez-se: o poema, farto, levanta vôo
Mais ou menos longo, quási sempre curtote.
Não é nada de novo. Sempre assim se fez.
O que é novo é a estragação, o molde hidráulico
Forçando o material ao prévio da fôrma.
No pinhal há muitos pinheiros. Mas só um dá o mastro.
Para este navio. Não há que derrubar tudo despindo a duna
Para fabricar duas caixinhas de palitos.
Torçam lá o exemplo como quiserem.
Um exemplo operante não tem que ser exemplar.
O que eu quero dizer é visível por fora e por dentro
De todas as argúcias mesquinhas.
Escutem-se as vozes para pilhar palavras directas
E fabrique-se o que os inocentes não sabem alegar.
Podem-se os ventos do que transportam por junto
E produzam-se as burlas que prolongam os acertos.
Texto B
Mamã. És tão bonita. Dorme, filhão.
Gostas de mim? Gosto.
Não há tranquilidade maior.
Alguém, de nós, gosta.
Até breve.Cumprimentos do jão cerveira
Um segundo sorriso e um segundo abraço a alunos do Ensino Secundário.
Um outro sorriso e um outro abraço aos pais dos alunos, presentes, todos, em comunhão, na Livraria-Café Sabores do Livro, Sexta última, 16 de Abril.
Grato, Zé, por me teres convidado. Grato, a todos, pelo aconchego, pela boa digestão, pela atenção que nos demos. Desafio, já agora, ao continuar de serões assim: envolventes, ternos, de partilha intensa do exercício superior de Dizer a Palavra, de a conhecer, de a descobrir e sentir, verbalizando-a, ofertando-a adiante...
E é por isto que (vos) deixo, aqui, todas aquelas que, lá, vos li:
Texto A
Se partirmos das palavras, do sítio onde estão
No vento, nas bocas emitindo, no dicionário
E as acolhermos pelo que são - bonina ou orquídea
E as aceitarmos no seu justo imenso poder
E as dispusermos legíveis entre núpcia e emboscada
Não há mais problema:
A ideia que lhes pertence desce e devora-as
Como um gavião numa ninhada de pintos.
E o poeta - que é a mãe galinha - disputa é claro
Pode até salvar um pinto ou dois. Não convém mais.
Perturba o jogo das garras, perde e faz perder penas
Mas o necessário fez-se: o poema, farto, levanta vôo
Mais ou menos longo, quási sempre curtote.
Não é nada de novo. Sempre assim se fez.
O que é novo é a estragação, o molde hidráulico
Forçando o material ao prévio da fôrma.
No pinhal há muitos pinheiros. Mas só um dá o mastro.
Para este navio. Não há que derrubar tudo despindo a duna
Para fabricar duas caixinhas de palitos.
Torçam lá o exemplo como quiserem.
Um exemplo operante não tem que ser exemplar.
O que eu quero dizer é visível por fora e por dentro
De todas as argúcias mesquinhas.
Escutem-se as vozes para pilhar palavras directas
E fabrique-se o que os inocentes não sabem alegar.
Podem-se os ventos do que transportam por junto
E produzam-se as burlas que prolongam os acertos.
Texto B
Mamã. És tão bonita. Dorme, filhão.
Gostas de mim? Gosto.
Não há tranquilidade maior.
Alguém, de nós, gosta.
Até breve.Cumprimentos do jão cerveira
2010/04/19
A palavra saíu da Escola, tomou café e foi poesia
A Livraria/Café "Sabores do Livro" teve a honra de receber na última sexta-feira, dia 16 do corrente mês de Abril, um grupo de alunos da Escola Secundária de S. Pedro do Sul dinamizado pela Profª Isabel Prates, que presenteou a assistência com uma sessão de poesia.
Pela voz de Carolina Bastos ouvimos O mostrengo de Fernado Pessoa, enquanto que Cristiana Valério nos trouxe Cavaleiro Monge, também de Fernando Pessoa, como o canta a Mariza.
Ekaterina Malginova emocionou-nos com um poema da sua autoria e que integra o livro que recentemente publicou.
Afonso Pereira, Carlos Santos, Daniel Fonseca, Luís Silva, Marco Tavares, Rafael Martins, Tiago Almeida e a Profª Isabel Prates, surpreenderam-nos com o Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros.
Num ambiente de calor humano como convém, disseram também presente a Profª Leonor Quintela, com o poema O colchão dentro do toucado, de Nicolau Tolentino e o Prof. João Cerveira com um outro, que fez para este evento e que dedicou aos jovens estudantes.
Refira-se para que conste, a presença para além dos alunos, cidadãos em construção, alguns professores e alguns pais que, imagine-se lá, estão atentos ao que os seus filhos andam a fazer. A todos um enorme agradecimento.
E porque a Escola, para além da transmissão de conhecimentos, pode também ajudar a definir roteiros para a vida de cada um, será talvez de lembrar o que dizia o Poeta "O caminho se faz caminhando"
Num ambiente de calor humano como convém, disseram também presente a Profª Leonor Quintela, com o poema O colchão dentro do toucado, de Nicolau Tolentino e o Prof. João Cerveira com um outro, que fez para este evento e que dedicou aos jovens estudantes.
Refira-se para que conste, a presença para além dos alunos, cidadãos em construção, alguns professores e alguns pais que, imagine-se lá, estão atentos ao que os seus filhos andam a fazer. A todos um enorme agradecimento.
E porque a Escola, para além da transmissão de conhecimentos, pode também ajudar a definir roteiros para a vida de cada um, será talvez de lembrar o que dizia o Poeta "O caminho se faz caminhando"
(Texto original enviado à Escola Secundária de S. Pedro do Sul)
S. Pedro do Sul, 19 de Abril de 2010
José Augusto de Jesus Roque
S. Pedro do Sul, 19 de Abril de 2010
José Augusto de Jesus Roque
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