Muitas das gerações passadas eram sedentas por leitura, contudo, apesar do interesse, muitas delas não possuíam condições financeiras que lhes permitisse adquirir conhecimento através dos livros. Estava-se então na presença de famílias numerosas, onde poucos saíam para estudar, pois era necessário trabalhar para ajudar no sustento da família. O que acontece com a geração actual é justamente o contrário: os jovens concentram grande parte dos recursos financeiros disponíveis nas suas carreiras, porém, fazem-no privilegiando, sobretudo, o consumo daquilo que está na moda. Adquirem roupa de marca e telemóveis com funções “multi-supérfluas”. Uns Ignoram as boas obras literárias, considerando-as “ultrapassadas”, outros, desconhecem mesmo a existência de autores de referência, tais como Eça de Queirós, Alexandre Herculano, Almeida Garret ou Fernando Pessoa.
Nos tempos que correm, o incentivo à leitura é precário, carecendo de uma maior força motivadora. Os jovens de hoje desprezam o acto de ler sob uma óptica estereotipada em que o corpo e a moda são mais importantes do que o conhecimento contido num livro. Outro factor que contribui consideravelmente para o declínio do hábito da leitura, embora não explicando tudo, é o contínuo desenvolvimento tecnológico. Inúmeros livros consagrados dão lugar às telas de cinema ou às últimas tecnologias, portáteis topo de gama ou jogos interactivos – quanto mais violentos e sangrentos melhor.Chegou a altura de ultrapassar a mera enumeração de dificuldades, que explicam o pouco que se lê e passarmos à acção. Assim, que atire a primeira pedra quem não tem duas horas livres para ler… Ora, está talvez na altura de desligar a televisão, o rádio e ir ler um livro. É de extrema importância enfatizar que a arte da leitura (sim, no sentido de transformação) é fundamental para o conhecimento. Ler uma obra agradável pode ser a alavanca necessária à alteração dessa difícil relação leitor/livro, possibilitando, quem sabe, que o ódio possa gerar o amor.
Infelizmente, muitos jovens não têm hábitos de leitura. É claro que há excepções, não podemos generalizar. Há sim jovens que gostam de ler qualquer estilo literário mas, na realidade, a grande maioria dos adolescentes não gosta nem quer ouvir falar em ler, principalmente os clássicos da literatura. Entretanto, não podemos culpar os jovens por essa aversão à leitura. Os livros, na sua maioria, têm uma linguagem muito difícil de compreender e esse motivo já é suficientemente forte para fazer os adolescentes cansarem-se e perderem a vontade de ler. Afinal, o que adianta ler e não entender nada? A leitura é muito importante para o ser humano, em qualquer fase da sua vida. Por essa razão, é preciso despertar no jovem o prazer de ler e para se conseguir isso, temos de nos inteirar dos seus gostos, as suas músicas preferidas, os seus pensamentos reconhecendo também que a internet, tida como inimiga por muitas pessoas, pode ser uma boa arma para ajudar a conquistar o gosto pela leitura. A tarefa de fazer o jovem gostar de ler pode deixar de ser tão difícil. Isso pode acontecer se houver um trabalho conjugado de pais e professores. Há que fazer os jovens ver que a leitura não é um"bicho-de-sete-cabeças", pelo contrário, até pode ser muito divertido e também pode acrescentar coisas boas nas nossas vidas.
O encanto das palavras remete o leitor para além de sim mesmo, enriquecendo o seu mundo e as suas expectativas. É esse o sentido pedagógico da leitura. Formar leitores, é participar num importante acto de cidadania, oferecendo uma ferramenta fundamental para ampliar nossa concepção do mundo e até alterá-la, transferindo-a para situações do nosso interesse.
Célia Lopes
Nos tempos que correm, o incentivo à leitura é precário, carecendo de uma maior força motivadora. Os jovens de hoje desprezam o acto de ler sob uma óptica estereotipada em que o corpo e a moda são mais importantes do que o conhecimento contido num livro. Outro factor que contribui consideravelmente para o declínio do hábito da leitura, embora não explicando tudo, é o contínuo desenvolvimento tecnológico. Inúmeros livros consagrados dão lugar às telas de cinema ou às últimas tecnologias, portáteis topo de gama ou jogos interactivos – quanto mais violentos e sangrentos melhor.Chegou a altura de ultrapassar a mera enumeração de dificuldades, que explicam o pouco que se lê e passarmos à acção. Assim, que atire a primeira pedra quem não tem duas horas livres para ler… Ora, está talvez na altura de desligar a televisão, o rádio e ir ler um livro. É de extrema importância enfatizar que a arte da leitura (sim, no sentido de transformação) é fundamental para o conhecimento. Ler uma obra agradável pode ser a alavanca necessária à alteração dessa difícil relação leitor/livro, possibilitando, quem sabe, que o ódio possa gerar o amor.
Infelizmente, muitos jovens não têm hábitos de leitura. É claro que há excepções, não podemos generalizar. Há sim jovens que gostam de ler qualquer estilo literário mas, na realidade, a grande maioria dos adolescentes não gosta nem quer ouvir falar em ler, principalmente os clássicos da literatura. Entretanto, não podemos culpar os jovens por essa aversão à leitura. Os livros, na sua maioria, têm uma linguagem muito difícil de compreender e esse motivo já é suficientemente forte para fazer os adolescentes cansarem-se e perderem a vontade de ler. Afinal, o que adianta ler e não entender nada? A leitura é muito importante para o ser humano, em qualquer fase da sua vida. Por essa razão, é preciso despertar no jovem o prazer de ler e para se conseguir isso, temos de nos inteirar dos seus gostos, as suas músicas preferidas, os seus pensamentos reconhecendo também que a internet, tida como inimiga por muitas pessoas, pode ser uma boa arma para ajudar a conquistar o gosto pela leitura. A tarefa de fazer o jovem gostar de ler pode deixar de ser tão difícil. Isso pode acontecer se houver um trabalho conjugado de pais e professores. Há que fazer os jovens ver que a leitura não é um"bicho-de-sete-cabeças", pelo contrário, até pode ser muito divertido e também pode acrescentar coisas boas nas nossas vidas.
O encanto das palavras remete o leitor para além de sim mesmo, enriquecendo o seu mundo e as suas expectativas. É esse o sentido pedagógico da leitura. Formar leitores, é participar num importante acto de cidadania, oferecendo uma ferramenta fundamental para ampliar nossa concepção do mundo e até alterá-la, transferindo-a para situações do nosso interesse.
Célia Lopes
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